quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Por que um servo de Deus não pode viver em pecado?

Devemos sempre observar 
quem está oferecendo aquilo 
que parece bom.
    Deus criou o homem simplesmente para adorá-lo e também para usufruir das inúmeras bênçãos que deixou à sua disposição. Porém, o homem, com o seu natural instinto de rebeldia, se deixando levar pela cobiça, desobedeceu às ordens do Senhor e, dessa maneira, acabou construindo uma barreira entre ele e Deus. Isso não significa que Jeová tenha lhe virado as costas, muito pelo contrário; mas isso refletiu fortemente em seu relacionamento com o Criador, o qual passou a abençoar-lhe por medida segundo a sua misericórdia, fazendo-o viver pelo suor do seu rosto, ou seja: se antes ele recebia seu alimento nas mãos, depois do pecado ele passou a ter que plantar para se alimentar. Hoje vivemos as conseqüências desse ato, entretanto, não podemos nos considerar como vítimas de Adão e Eva, e sim entender e admitir como a personalidade deles se reflete em nosso caráter, o qual nos leva à tendência de praticar sempre o que é errado mesmo que queiramos fazer o que é certo; e isso, naturalmente, atrapalha nossa comunhão com Deus e nos impede de receber muito mais bênçãos além das que já usufruímos pela sua infinita misericórdia. Mas conhecemos uma fórmula básica para o remédio contra o pecado[1]: arrependimento, oração e renúncia, e isso pode ser traduzido simplesmente como santificação!
Aquele que é guiado pelo Espírito
de Deus consegue andar na luz
em meio às trevas e não fica
perdido em meio aos
labirintos criados pelo maligno
    Em 1ª João 5:5-10 diz o seguinte:  5E esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. 6Se dissermos que temos comunhão com ele e andarmos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade. 7Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado. 8Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. 9Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. 10Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. Observando a preocupação do apóstolo João em tratar desse assunto, vemos que a igreja, desde o seu início, já enfrentava vários problemas com a influência mundana. Então vamos meditar em alguns pontos principais de cada versículo para que possamos entender que, apesar de tudo, ainda é possível haver uma aproximação entre o homem e o seu Senhor: 
O pecado é uma grande barreira
que impede o nosso
relacionamento com Deus
1ª Jo 5:5Os pecados do homem o impedem de receber muitas bênçãos de Deus (Is 59:1-3); 
1ª Jo 5:6Para servi-lo é necessário haver absoluta renúncia às coisas do mundo (Lc 9:23-25[2]); 
1ª Jo 5:7Pois ele está sempre pronto a receber aqueles que o querem servir verdadeiramente (Sl 145:17-20); 
1ª Jo 5:8Devemos admitir nossas falhas ao invés de tentarmos justificar nossos erros pensando que somos os donos da razão em tudo aquilo que fazemos (Rm 3:23-26[3] [4] [5] [6]); 
1ª Jo 5:9Não devemos pecar, mas, se pecarmos, devemos saber que só há um que pode nos perdoar (1ª Jo 2:1-6); 
1ª Jo 5:10O verdadeiro crente não é aquele que não erra, mas sim aquele que está procurando diariamente consertar os seus erros (Rm 7:14-20).
O melhor remédio contra o pecado é o
conhecimento da Palavra de Deus.
    Desse maravilhoso ensinamento bíblico que acabamos de meditar, podemos resumir tudo o que vimos da seguinte maneira: Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, portanto deve se refletir em nós o seu santo caráter; mas para isso, a primeira coisa que devemos fazer é renunciar às influências mundanas; pois se usarmos o nosso livre arbítrio para segui-lo de acordo com a sua vontade, Ele está sempre pronto a nos ajudar; é necessário que reconheçamos nossos erros, admitindo que nem sempre estamos certos em nossas atitudes, e que precisamos melhorar a cada dia; porque Jesus Cristo se sacrificou na cruz para nos perdoar pelos nossos pecados; e jamais devemos nos esquecer que seguir perfeitamente os mandamentos divinos não significa que conseguiremos fazer sempre apenas o que é certo, mas sim que devemos tentar agir sempre da maneira correta. De acordo com a Palavra de Deus podemos definir que apesar de vivermos num mundo quase totalmente corrompido pelo pecado, ainda é possível, mesmo com todas as nossas falhas, termos uma vida separada e de total dedicação a servir e seguir os passos do nosso grandioso Mestre!



[1]Pecado: Falta de conformidade com a lei de Deus, em estado, disposição ou conduta. Para indicar isso, a Bíblia usa vários termos, tais como pecado (Sl 51:2; Rm 6:2), desobediência (Hb 2:2), transgressão (Sl 51:1; Hb 2:2), iniqüidade (Sl 51:2; Mt 7:23), mal, maldade, malignidade (Pv 17:11; Rm 1:29), perversidade ( Pv 6:14; At 3:26), rebelião, rebeldia (1º Sm 15:23; Jr 14:7), engano (2ª Ts 2.10), injustiça (Jr 22.13; Rm 1.18), erro, falta (Sl 19.12; Rm 1.27), impiedade (Pv 8.7; Rm 1.18), concupiscência ( Is 57:5; 1ª Jo 2:16), depravidade, depravação ( Ez 16:27,43,58). O pecado atinge toda a raça humana, a partir de Adão e Eva (Rm 5:12). O castigo do pecado é a morte física, espiritual e eterna (Rm 6:23). Da morte espiritual e eterna escapam aqueles que se chegam a Cristo, o Salvador (Rm 3:21-8:39).
[2]Granjear: Conquistar algo com trabalho ou esforço.
[3]Destituir: Privar, tirar, impedir.
[4]Redenção: Libertação.
[5]Propiciação: Ato realizado para aplacar a ira de Deus, de modo a ser satisfeita a sua santidade e a sua justiça, tendo como resultado o perdão do pecado e a restauração do pecador à comunhão com Deus. No Antigo Testamento a propiciação era realizada por meio dos Sacrifícios, os quais se tornaram desnecessários com a vinda de Cristo, que se ofereceu como sacrifício em lugar dos pecadores (Êx 32.30; Rm 3.25; 1ª Jo 2.2);
[6]Remissão: Perdão.

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